Friday, November 06, 2009

vaca amarela pulou a janela...

Estranho é o silencio que meu mundo de repente virou.

Um silencio vazio de quem nada tem a perder

E não há nada a ganhar também.

Silencio na hora de não fazer nada, silencio ao assistir TV, silencio dirigindo o carro, silencio...

O silencio dos que querem berrar. Talvez é isso que signifique a tal palavra saudade.

Embora eu seja eu, não acho mais que consiga me segurar em mim por muito tempo... Apesar do gosto da solidão muitas vezes já ter me deixado viciada. Minha consciência berra de pavor de mim as vezes.

Mas aqui estou, eu de novo, tentando traçar uma linha, tentando cruzar a batalha sem olhar pros lados me protegendo de qualquer ameaça, uma batalha que eu mesma criei.

O tempo cura? Pode ser, mas, onde ele está? O tempo também está berrando, procurando alguém mais sensato do que eu pra estipular suas leis. Aqui em mim ele nem se mostra, nem da as caras, ele não passa de uma lei perfeita que ninguém consegue infringir e ele passa. Sem levar nada de mim. Assim como a lei do espaço, nessa eu me perdi, não sei mais qual o espaço que eu ocupo. Seu corpo quente não é mais meu espaço nem mesmo enquanto eu durmo. Você não está mais em mim nem mesmo quando acordo. Mas será que eu já acordei? Porque sinto que é isso, mais do que tudo, mais do que o mundo que eu carregava, mais do que todos os sonhos que eu planejava, mais do que qualquer areia onde eu esteja afundada... é acordar o que me falta.